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Nesse vídeo do TED, o psicólogo Barry Schwartz comenta sobre as raízes da maneira como encaramos o trabalho, como sendo algo inerentemente desagradável que fazemos apenas por interesse financeiro.
Obviamente, usar a maior parte de nosso tempo em uma atividade vista dessa maneira têm consequências nefastas em todos os níveis: desde a dificuldade em encontrar sentido que muitas pessoas sentem, até a desumanização em massa — a transformação das pessoas em coisas, como se fossem parafusos de uma máquina (não é esse pesadelo inconsciente que está retratado nos filmes sobre a máquina se virando contra o ser humano ou sobre gente se transformando em zumbis?).
Sobre atitudes mais positivas em relação ao trabalho, leia:
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Neste vídeo, o palestrante de Harvard Shawn Achor explica como, diferentemente daquilo que imaginamos, não é o sucesso que traz felicidade, mas sim, pessoas mais contentes e satisfeitas são as que alcançam sucesso.
Imagino que, do mesmo modo como a atenção plena no mundo corporativo é criticada, haverá quem aponte a questão: “esse é outro exemplo das corporações sequestrando técnicas comprovadas de bem-estar. Primeiro, temos que aprender atenção plena para tolerar o intolerável. Agora, vamos cultivar gratidão e otimismo para ganhar uma promoção…”.
Talvez esse seja o preço de vivermos em uma cultura que valoriza o dinheiro e as empresas acima de tudo, mas isso não é motivo para jogarmos fora ou desconsiderarmos descobertas significativas na área da ciência da felicidade, como essas.
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Nesse estudo, a vida de centenas de pessoas foram acompanhadas durante 75 anos. O principal fator (externo) para o sentimento de felicidade são as relações pessoais positivas.
O vídeo acima é bastante surpreendente em diversos aspectos. E há muitos outros hits da internet nessa categoria: a cadela que adotou um bebê humano abandonado, golfinhos protegendo nadadores desavisados contra tubarões, o gorila que salva o corvo se afogando etc…
Uma reação bem comum a esses vídeos é a frase: “esses animais são melhores que humanos”, ou “se pelo menos as pessoas fossem assim…”. Pode parecer algo positivo e esperançoso, mas é uma maneira de ver bastante pessimista (com a desvantagem de não ser exatamente realista). Nessa visão, estamos isolados e separados desse tipo de comportamento, como se fosse algo impossível para as pessoas.
Na verdade, o que esses vídeos exemplificam é exatamente o contrário: nós também somos animais! E os mesmos instintos de cooperação, altruísmo e compaixão que deram vantagens evolutivas a essas espécies estão em nós. Se soltarmos um pouco a competição exagerada, a suspeita paranóica sobre todos e o egoísmo crônico que de algum modo aprendemos — sem saber que isso pode ser desfeito — há um instinto de cooperação naturalmente presente: não precisa ser aprendido, já está aqui. Mas é preciso evitar cultivar aquilo que o obscurece: por exemplo, o ódio ou egoísmo — e isso sim precisa ser aprendido.
Diversos estudos científicos apontam para a presença natural desse instinto altruísta em humanos e animais.
Por exemplo, veja o vídeo abaixo, do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology:
Nesse outro vídeo, Frans de Waal mostra exemplos e comenta sobre a “moralidade” de alguns animais:
O próprio Charles Darwin identificou diversos desses comportamentos e escreveu sobre a vantagem evolutiva que a cooperação dá às espécies, embora hoje em dia a maioria use a teoria da evolução para falar sobre “a lei do mais forte”, “cada um por si” etc, em uma justificativa sem base para a injustiça e a exploração alheia.