(chave 2 entre as “Dez chaves para uma vida mais feliz”)
Pessoas com relações sociais fortes e amplas são mais felizes, saudáveis e vivem mais. Laços estreitos com família e amigos fornecem amor, sentido, apoio e aumentam nossos sentimentos de autovalorização. Redes de amigos mais amplas trazem um senso de pertencer. Então agir para fortalecer nossas relações e estabelecer novas conexões é essencial para a felicidade. [1][2][3][4][5]
Relações pessoais importam
Nossas conexões com outras pessoas estão no coração da felicidade, deles e nossa. Ligações com nossos parceiros(as), famílias, amigos, colegas de trabalho, vizinhos ou pessoas em nossas comunidades mais amplas, todas contribuem para nossa felicidade. Chris Peterson, um dos fundadores da psicologia positiva coloca de maneira simples: “Outras pessoas importam”.
Acadêmicos e cientistas concordam sobre a importância central de nossas relações para nosso bem-estar e felicidade [2][3][4][5]. Muitos estudos têm demonstrado que tanto a qualidade quanto a quantidade de conexões sociais têm um impacto sobre nossa saúde e longevidade, assim como no bem-estar mental [6].
Não ter relações próximas apresenta o mesmo risco à saúde como fumar ou manter-se obeso. Ter uma rede de relações sociais ou um alto nível de apoio de outras pessoas eleva nossa imunidade contra infecção, reduz o risco de problemas cardíacos e diminui a degeneração mental do envelhecimento [7].
(veja as ações que podemos realizar entre família & amigos)
Estudos mostram que é a qualidade das relações que mais importa [2]. Isso é influenciado por:
- Vivenciar emoções positivas juntos — por exemplo, atividades de lazer, diversão
- Poder falar abertamente e ser compreendido
- Dar e receber apoio
- Atividades e experiências em comum [8]
Assim como relações são uma via de mão dupla, há indicações de que a ligação entre felicidade e relações também. Não apenas relações nos fazem mais felizes, mas pessoas felizes tendem a ter mais e melhores relações sociais [9].
Assim trabalhar nossas relações é bom para a felicidade e trabalhar nossa felicidade é bom para as relações — vantagem nas duas direções!
Relações estão na natureza humana
Por natureza, somos seres sociais — faz sentido que relações sejam fundamentais para nossa felicidade. A sobrevivência e evolução da raça humana têm dependido disso!
Na verdade, alguns psicólogos e biólogos eminentes argumentam intensamente que — contrário a bem conhecida teoria do “gene egoísta” (que diz que estamos preocupados apenas com a sobrevivência de nossos genes) — é a sobrevivência do grupo que traz mais vantagens em termos evolutivos, mesmo se os genes de seus membros não estiverem relacionados [3].
Realmente parece que estamos programados para relações — considere emoções e comportamentos como amor, compaixão, bondade, gratidão, generosidade, sorrir e dar risada [3]. Ou quão relutantes geralmente ficamos ao romper laços com as pessoas e quão doloroso é quando acontece [10].
Nosso desejo de estar conectado a outras pessoas — amar e ser amado, cuidar e receber cuidado — é uma necessidade humana básica [11]. Alguns experts argumentam que a capacidade de ser amado — assim como de amar — é a mais importante força humana [12].
Felicidade é contagiosa pelos círculos sociais
Assim como nas relações próximas, todos temos conexões mais amplas com pessoas pelos diferentes círculos de nossas vidas: trabalho, em nossas comunidades ou atividades sociais. Embora sejam relações menos profundas, também são importantes para a felicidade e bem-estar.
Ter conexões sociais variadas é um indicador de longevidade e até afeta quão resistente somos a resfriados! Nossas relações sociais mais amplas trazem um senso de pertencer e influenciam quão seguros e protegidos nos sentimos. Criar conexões em nossa comunidade local contribui para nossa própria felicidade e a das pessoas ao redor, permitindo que nossas comunidades floresçam [13].
Notáveis pesquisas recentes demonstram que a felicidade é contagiosa por nossas redes de ligações sociais. Nossa felicidade depende não apenas da felicidade das pessoas em nossa rede direta, mas também da felicidade das pessoas que elas conhecem. Em outras palavras, a felicidade cria ondulações por nossos grupos de amigos, como o efeito de uma pedra caindo na superfície de um lago [14].
Podemos ajudar a construir comunidades mais felizes fazendo o que pudermos para aumentar nossa própria felicidade e estando consciente do impacto que nosso comportamento tem nos outros. Mesmo interações aparentemente pequenas e acidentais, como um sorriso amigável ou um ato de gentileza pode fazer a diferença — para nós, para as pessoas com quem interagimos e para as pessoas que elas afetam também.
Referências [1] nef (2008) Five Ways to Wellbeing. Report prepared by the New Economics Foundation for the UK Government Foresight Project, Mental Capital and Wellbeing [2] Ryan, R.M. & Deci, E.D. (2001) On happiness and human potentials: A review of research on hedonic and eudaimonic well-being. Annual Review of Psychology, 52, 141-66 [3] Seligman, M.E.P. (2011). Flourish: A visionary new understanding of happiness and well-being. New York: Free Press [4] Ryff, C. (1989). Happiness is everything, or is it? Explorations on the meaning of psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 6. 1069-81. [5] Huppert, F.A. (2008) Psychological wellbeing: Evidence regarding its causes and consequences. State of the Science Review: SR-X2, UK Government Foresight Project, Mental Capital and Wellbeing. [6] Uchino, B.N., Cacioppo, J.T. & Kiecolt-Glaser,J.K. (1996) The Relationship Between Social Support and Physiological Processes: A Review With Emphasis on Underlying Mechanisms and Implications for Health. Psychological Bulletin Vol. 119, No. 3, 488-531 [7] Dickerson,S.S. & Zoccola, P.M. (2009) Towards a biology of social support. In S.J. Lopez & C.R. Snyder (Eds.) Oxford Handbook of Positive Psychology. NY: Oxford University Press. [8] Maisel, N.C. & Gable, S.L. (2009) For richer…in good times…and in health: positive processes in relationships. In S.J. Lopez & C.R. Snyder (Eds.) Oxford Handbook of Positive Psychology. NY: Oxford University Press. [9] Diener, E. & Biswas-Diener, R. (2008). Happiness: Unlocking the mysteries of psychological wealth. Oxford, UK: Blackwell [10] Baumeister, R.F. & Leary, M.R. (1995). The Need to Belong: Desire for Interpersonal Attachments as a Fundamental Human Motivation. Psychological Bulletin, 117, 497-529 [11] Deci, E.D. (1995) Why We Do What We Do. NY: Penguin [12] Valliant, G. (2008). Spiritual Evolution: How we are wired for faith, hope and love. NY: Broadway Books